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União Química planeja IPO e avalia fábrica no Oriente Médio

Fonte: Freepik
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Com o maior parque industrial farmacêutico do Brasil, a União Química está pronta para seguir em frente com uma oferta pública inicial de ações. Ao mesmo tempo, quer acelerar seu projeto de internacionalização, com o registro de novos produtos no mercado externo e a construção de sua primeira fábrica fora do país, no Oriente Médio.

Com R$ 3,96 bilhões de receita líquida no ano passado, a farmacêutica pretende listar ações na B3 para financiar seus planos de fusão ou aquisição.

As demonstrações financeiras já estão adequadas às exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas um passo adiante no mercado de capitais vai depender também das condições externas. Ainda não há um banco contratado para a operação, que poderia ser consumada já em 2024.

Com a aquisição, concluída em 2022, a farmacêutica brasileira se consolidou na liderança no mercado de contraceptivos orais na América Latina e abriu as portas em 27 países. Líder em oftalmologia e em contraceptivos orais, a União Química atua no mercado veterinário (22% do faturamento), de genéricos e similares (25%), de prescrição (23,5%), hospitalar (18,5%) e de fabricação para terceiros (12%). A companhia produz no país medicamentos para a Novartis, Bayer, GSK e Behringer, entre outras.

Fora do Brasil, a União Química está em tratativas com um fundo dos Emirados Árabes para construir uma fábrica de medicamentos no Oriente Médio. Uma carta de intenções já foi firmada e 90% do desembolso caberia ao sócio árabe. A farmacêutica tem hoje certificação para exportar para mais de 70 países. Em 2023, foram 237 novos registros no exterior, entre medicamentos de uso humano e veterinário.

No ano passado, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento somaram R$ 242,2 milhões, alta de 10%, representando 6,1% da receita líquida. Embora os registros de novos medicamentos demorem a sair no país, a farmacêutica está acelerando o desenvolvimento de novos produtos.

Fonte:Valor Econômico