Novartis comenta sobre o seu posicionamento pós-guerra e quais são as suas perspectivas em 2023
- A indústria farmacêutica nacional cresceu em torno de 16,3% no ano de 2022, impulsionados por um cenário de importação pressionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Com uma melhora a nível internacional, como a Novartis pretende se posicionar para manter os patamares de crescimento?
Para isso, temos investido de forma global e local em nos tornarmos uma empresa focada em medicamentos inovadores, o que envolve inovar também em parcerias sustentáveis, diálogos com todos os atores do ecossistema de saúde e novos modelos de acesso. Apenas para citar um exemplo disso, acordamos no final do ano passado o primeiro acordo de compartilhamento de risco da história do SUS.
No Brasil, estão sendo investidos R$ 1 bilhão em estudos e pesquisas clínicas de 2019 para cá, trazendo mais de 80 estudos clínicos para o país e capacitando 20 mil profissionais de saúde.
Pensando em futuras inovações, a Novartis já planeja para os próximos anos lançamentos promissores em Oncologia, como as terapias radio ligantes, terapias-alvos que oferecem tratamento de radiação diretamente nas células cancerígenas.
Nosso pipeline também inclui novas terapias para o tratamento de colesterol elevado, especialmente direcionado para pessoas que já tiveram episódios de doenças cardiovasculares, como AVC e infarto, e que, por isso, devem manter os níveis de colesterol LDL abaixo de 50%. Além disso, trabalhamos também pela aprovação de novas indicações de tratamentos já aprovados no Brasil. É o caso de alguns medicamentos imunobiológicos já aprovados em outros países para doenças como hidradenite supurativa, doença dermatológica autoimune.
No Brasil, estamos avançando nesta direção e temos uma ambição ousada de alcançar o triplo de pacientes até 2024 e, para chegar lá, queremos alcançar a marca de 1 bilhão de dólares em vendas e dobrar de tamanho.
- A maior parte dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA's) vem de países como a China e a Índia, que são países mais competitivos devido a custos operacionais mais viáveis. Como a Novartis enxerga os riscos que o cenário internacional pode trazer para o crescimento da indústria farmacêutica nacional.
As dificuldades de abastecimento enfrentadas durante a pandemia da Covid-19 serviram como um alerta para diversos setores e não foi diferente com a indústria farmacêutica. Entre as lições aprendidas, está a necessidade de estarmos preparados não apenas para os desafios já conhecidos e estabelecidos, mas também antever todos os cenários possíveis, antecipando riscos.
Para evitar o desabastecimento de medicamentos e insumos, temos protocolos de segurança e controle de estoque rígidos dentro de nossas unidades de produção. Mais do que isso, também temos uma estrutura de lideranças que se reúnem periodicamente para avaliar a situação de suprimentos e reavaliar se ajustes são necessários para continuarmos nossa operação de forma segura e ininterrupta, avaliando também nosso estoque de matérias primas, reagentes e consumíveis importados.
Essas rotinas já existiam, mas foram aperfeiçoadas ao longo da pandemia e certamente nos ajudam a navegar o cenário global atual.
- O mercado de medicamentos oncológicos teve um crescimento expressivo em 2022. Para o ano de 2023, o que é esperado deste mercado pela Novartis no Brasil e nos países da América Latina?
Na Novartis somos inspirados por pacientes para revolucionar a pesquisa, o desenvolvimento e a fabricação de medicamentos inovadores e de alta qualidade que ajudam a melhorar e prolongar a vida das pessoas. Oncologia é uma das áreas terapêuticas prioritárias de nossa atuação no Brasil e no mundo, inclui-se inovações como a terapia radio ligante. Nos concentramos em cinco áreas principais - câncer de mama, câncer de pulmão, melanoma, câncer renal e hematologia.
Nos últimos 5 anos, a Novartis trouxe 18 novos produtos para o mercado brasileiro, incluindo sintéticos, biológicos e terapias avançadas.
- O termo desabastecimento foi algo muito presente na cadeia de suprimentos da indústria farmacêutica ao longo de 2022, como a Novartis visualiza esse cenário para 2023, e quais são as estratégicas para evitar falta de produtos no mercado nacional.
Para evitar o rompimento da cadeia logística e o desabastecimento de medicamentos temos protocolos de segurança e controle de estoque rígidos dentro de nossas unidades de produção. Mais do que isso, também temos uma estrutura de lideranças que se reúnem periodicamente para avaliar a situação de suprimentos e reavaliar se ajustes são necessários para continuarmos nossa operação de forma segura e ininterrupta, avaliando também nosso estoque de matérias primas, reagentes e consumíveis importados.
- A Novartis possui algum segmento farmacêutico como foco para 2023?
Pensando em 2023, pretendemos avançar em nossa estratégia global e local em nos tornarmos um parceiro confiável de acesso e saúde e seguirmos reimaginando a medicina para transformar a vida dos pacientes com um pipeline promissor em diversas áreas. A Novartis tem como áreas prioritárias Cardiologia, Neurologia, Imunologia, Oncologia e Terapia Gênica.
Em Oncologia, por exemplo, já planejamos para os próximos anos lançamentos em terapia celular e terapias de rádio ligantes, terapias-alvos que oferecem tratamento de radiação diretamente nas células cancerígenas.
Nosso pipeline também inclui novas terapias para o tratamento de colesterol elevado, especialmente direcionado para pessoas que já tiveram episódios de doenças cardiovasculares, como AVC e infarto, e que, por isso, devem manter os níveis de colesterol LDL abaixo de 50%. Além disso, trabalhamos também pela aprovação de novas indicações de tratamentos já aprovados no Brasil. É o caso de alguns medicamentos imunobiológicos já aprovados em outros países para doenças como hidradenite supurativa, doença dermatológica autoimune.
Fonte: GlobalMedReport