Fabricante alerta para falta de insulina a partir de julho
A partir do mês de julho, o país pode enfrentar um problema de falta de insulina nas farmácias. Segundo a Novo Nordisk, que fabrica a Novolin R e Novolin N, o medicamento para tratamento do diabetes ficará temporariamente indisponível.
De acordo com a farmacêutica, o fornecimento do produto ficará prejudicado até o final do ano em função de mudanças em seu portfólio, tendo em vista os desafios globais na cadeia de suprimentos de medicamentos, que afeta diretamente o abastecimento de insulinas em todo o mundo.
A companhia aconselha que os pacientes insulinodependentes busquem orientação médica para iniciar tratamentos alternativos. O motivo para o desabastecimento é uma demanda acima da capacidade atual da empresa.
O laboratório afirma trabalhar para ampliar sua capacidade produtiva, mas disse que os resultados dessa expansão ainda não serão sentidos neste momento de crise.
Por meio nota, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) se disseram preocupadas com um eventual desabastecimento de insulina.
No texto, as entidades afirmam que a distribuição de canetas de insulina NPH e Regular pelo SUS seguirá normalmente. Caso seja necessária a substituição, será indispensável a orientação médica.
Essa não é a primeira vez que o fantasma da falta de insulina assombra o Brasil. Em 2023, para evitar o desabastecimento, o Ministério da Saúde comprou, de forma emergencial, 1,3 milhão de unidades da molécula asparte, a versão análoga de ação rápida.
A principal estratégia nacional para evitar novos casos do tipo é a fábrica da Biomm, localizada em Minas Gerais. A empresa afirma já ter capacidade para produzir até 40 milhões de frascos e seringas de insulina por ano, quantidade suficiente para abastecer quase 80% do mercado interno.
Fonte: Panorama Farmacêutico