Scemblix da Novartis avança para a leucemia recém diagnosticada
Exatamente três anos após o sinal verde inicial da FDA para o tratamento de terceira linha da leucemia, o Scemblix da Novartis obteve uma aprovação acelerada para tratar pacientes recém-diagnosticados.
A FDA liberou o Scemblix para tratar pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) recém-diagnosticada positiva para o cromossomo Filadélfia (Ph+) na fase crônica. O aceno de primeira linha marca um passo importante para o acompanhamento do Gleevec em seu caminho para atingir a projeção de pico de vendas da empresa de US$ 3 bilhões.
A farmacêutica suíça tem muito trabalho pela frente nesse uso. Enquanto o Scemblix rapidamente se tornou o padrão de tratamento na LMC Ph+ de terceira linha devido à falta de tratamentos alternativos, o mercado de primeira linha apresentará alguns obstáculos para o novo entrante.
Alguns médicos permanecem leais ao Gleevec (imatinib) ou genéricos, apesar da disponibilidade de vários inibidores de tirosina quinase (TKIs) de segunda geração, como o Tasigna da própria Novartis. Um caso em questão: o Gleevec gerou US$ 561 milhões em vendas em 2023, mais de duas décadas desde sua aprovação inicial pelo FDA. Esse mercado levará mais tempo para a Novartis virar. Cerca de 30% a 40% dos pacientes de primeira linha hoje estão sendo tratados com Gleevec ou imatinibe genérico.
A Novartis espera que os primeiros a adotar o Scemblix na LMC de primeira linha sejam aqueles que já adotaram os TKIs de segunda geração.
Fonte: Fiercepharma