Quebra de patentes pode levar ao aumento nas fusões e aquisições farmacêuticas

Embora o abismo de patentes esteja se aproximando para muitos dos produtos mais vendidos da biofarmacêutica, a indústria tem enorme capacidade de responder, pois as condições para fusões e aquisições são favoráveis.
Os analistas calculam que os produtos que perderão a exclusividade até 2030 estão gerando um total combinado de US$ 183,5 bilhões em vendas anuais, com Amgen, Bristol Myers Squibb e Merck enfrentando a maior exposição de suas receitas.
Enquanto isso citando relatórios financeiros estima-se que a Big Pharma tem US$ 383,1 bilhões em poder disponível para fazer negócios. As empresas com mais dinheiro em caixa são Johnson & Johnson, Merck e Novo Nordisk.
Segundo pesquisas, a J&J está em excelente forma, já que apenas 33% de sua receita está exposta a expirações de patentes até 2030, em comparação com uma média da indústria de 38%. Outras empresas biofarmacêuticas em boas posições em relação a quebra de patentes são Vertex (6%), Gilead (24%), AbbVie (29%), Eli Lilly (31%) e Pfizer (33%).
Na outra ponta da lista, a Amgen tem a maior receita em risco, com 67%, com seus quatro principais produtos com o tempo contado. Os medicamentos para câncer ósseo Prolia e Xgeva, que combinados geraram vendas de US$ 6,1 bilhões no ano passado, devem ter suas patentes expiradas nos próximos dois anos. Enbrel (US$ 3,7 bilhões) e Otezla (US$ 2,2 bilhões) também devem perder a exclusividade até o final da década.
A Amgen, é claro, já deu um passo importante para lidar com o abismo de patentes com sua aquisição de US$ 27,8 bilhões da Horizon, que foi concluída em outubro e trouxe potenciais sucessos de bilheteria: Tepezza para doença ocular da tireoide, Krystexxa para gota e Uplizna para um distúrbio neurológico raro.
Fonte: Fiercepharma